segunda-feira, 4 de agosto de 2008

Férias

Vamos ter de interromper as nossas conversas.

Porquê?

Vou de férias.

Ooooh. Férias de quê?

Férias da vida normal.

Tens uma vida normal?

Pois não sei. Normal para mim. A habitual. Embora tenhas razão, queixo-me bastante da falta de rotinas. Se calhar as minhas férias serão isso mesmo, finalmente encontrar uma rotina. O que ainda as torna mais importantes. Às férias. E depois, este afastamento entre nós também é bom.

É bom porquê? Fico a sentir-me um pouco só.

Pois, eu também. Mas dá-nos espaço para as nossas outras conversas. Com os outros reais. Ou serão menos reais? Do que nós.

Vês, vais-me fazer falta com essas perguntas. Quando voltas?

Lá para meio do mês.

Vê ao menos se aproveitas.

Bem sabes que não gosto muito dessa palavra. Aproveitar. Uma pressão indefinida. Mas não vou explorar temas neste texto, não tinha esse propósito e não quero ter. Propósitos. O futuro em aberto. Como se ele alguma vez estivesse fechado, ou aberto. Estou de férias mas a cabeça não deixa de trabalhar. E tu, cuida de ti, por cá. Com a certeza de que volto.

É bom saber. Não entro no tema das certezas, já o temos discutido. Mas a tua vontade de me dar uma certeza é já por si reconfortante. E securizante.

Inté.

Inté.

2 comentários:

Luis disse...

Pois então umas boas férias!

Anónimo disse...

Obrigada, Luis! Não tive oportunidade de agradecer antes, mas faço-o agora, apesar de já de regresso...