sexta-feira, 13 de junho de 2008

Foi um jeito?

Ai Sr. Dr, doi-me muito aqui.

Exactamente onde?

Exactamente não sei. Dói-me aqui no peito. Terá sido um jeito? Percorre-me este lado todo.

Humm. E como é a dor?

Uma dor…profunda. Tão profunda que me custa a crer que foi um jeito.

Mas pode ser…às vezes os jeitos causam dores bastante agudas.

Não é aguda. É profunda. É diferente.

Entendo. Fez algum esforço?

Tantos…

Mas algum particular nesta zona?

Isso é mais difícil de saber. Mas talvez. Sem me dar conta. Mas se fiz só passado um tempo é que dei conta da dor. Para não me lembrar…

Pois é natural, dado o tipo de dor. E a mexer-se, dói?

A mexer-me e parada. É constante. Uma dor que mói, uma moinha, uma moinha…

Há algum momento em que não sinta a dor? É importante saber as excepções. Mas isto provavelmente não lhe interessa. Pergunto-me frequentemente se devo dizer e explicar o que estou a fazer ou apenas fazê-lo. Às vezes quando digo perde o efeito. Adiante. Perguntava-lhe das excepções…

Não sei se a dor deixa de existir ou se sou eu.

Que é a Sra? A fazer o quê?

A deixar de existir.

4 comentários:

Dinis disse...

Remédio para combater, ainda que temporariamente, a dor:

K.C. and the Sunshine Band -

"Shake your booty"

(do a little a dance, make a little love),"Get down tonight".

Há que admirar a simplicidade das receitas vindas dos anos 70...

Anónimo disse...

Sim, creio que às vezes as coisas aparentemente simples podem ser as melhores receitas.

Obrigada pelo comentário.

míscaro disse...

e resulta sim sra

Anónimo disse...

A deixar de existir não: a realmente existir.

Pode-se fugir para os sunshine bands ou para outro coisa qualquer. é uma escolha.